MAIS CURA, MENOS DOR

MAIS CURA, MENOS DOR
Tratamento contra o câncer de pele, desenvolvido no Hospital Amaral Carvalho, aumentou para 93% a taxa de cura.

Protocolo de terapia fotodinâmica, desenvolvido pelo Departamento de Pele do Hospital Amaral Carvalho, de Jaú, no interior de São Paulo, elevou de 85% para 93,3% as taxas de cura de pacientes com câncer de pele em fase inicial. 

A equipe comandada pela médica dermatologista Ana Gabriela Salvio, conseguiu reduzir o intervalo entre as sessões, de uma semana, para três horas. “Nós propusemos otimizar o tempo de permanência do paciente no hospital. O novo protocolo, chamado de Single Visit, que em português quer dizer visita única, prevê que o paciente faça o tratamento todo no mesmo dia”, comenta a médica. 

Até então, os pacientes aptos à terapia fotodinâmica eram submetidos à curetagem (raspagem da pele) e recebiam uma dose de medicamento no local. Após três horas, era realizada a primeira sessão de iluminação e o paciente ia embora. Sete dias depois, precisava voltar para a segunda aplicação. 

Com o novo protocolo, foi constatado ainda que os pacientes sentiram menos dor na segunda sessão de visita única. “Notamos que, a longo prazo, os resultados são superiores, dando importante segurança ao método. Assim, oferecemos um tratamento mais eficiente e confortável, com menos dor, aos pacientes”, conclui a médica.

O aposentado Taciano Vicente Gomes, de 80 anos, é prova disso. Ele está em tratamento de um câncer de pele no Hospital Amaral Carvalho há alguns meses. Para chegar ao Hospital, ele e a esposa precisaram sair de casa no dia anterior ao atendimento e percorrer 470 quilômetros entre Bataguassu, no Mato Grosso do Sul, até Jaú. “Não temos, lá perto, uma instituição que ofereça o tratamento que recebemos aqui. Então, vir até aqui é muito bom, é a chance da cura. Mas, confesso que a viagem é cansativa. Vir uma vez e fazer tudo no mesmo dia é muito melhor”, comemora.

Dados

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que 177 mil novos casos de câncer de pele sejam diagnosticados, em 2022, no Brasil. O número de casos vem aumentando nos últimos anos, isso se deve, provavelmente, à combinação de um melhor diagnóstico do câncer de pele, ao aumento de pessoas expostas por mais tempo ao sol e ao fato de a estimativa de vida ter aumentado globalmente.

14/Aug/22 - Acao Comunicativa
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