FGTS PARA REPRODUÇÃO ASSISTIDA
A proposta é do recém
empossado Deputado Federal Fernando Marangoni (União-SP). Conforme texto do Projeto
de Lei 55/2023, a liberação do saque poderá ser feita quando o trabalhador, seu
cônjuge, companheira ou companheiro necessitar custear o tratamento de
reprodução assistida.
Esse tipo de tratamento médico é
uma das opções para mulheres que não conseguem engravidar naturalmente. Em
2021, foram realizados, no Brasil, 45.952 ciclos, sendo que uma mulher pode
realizar mais de um ciclo por ano. Os custos do tratamento, no entanto, não são
baixos. Custam entre R$ 15 e 20 mil e muitas mulheres precisam de várias
tentativas para conseguir engravidar, o que pode elevar muito os custos.
Conforme o autor do projeto, já
existem decisões judiciais autorizando o uso do FGTS para casos assim. “Como
reconhecemos que o FGTS é um recurso que pertence aos trabalhadores brasileiros,
nada mais justo que se possa acrescentar mais possibilidades de seu saque, em
especial nos casos relativos às questões de saúde ou de tratamentos, como o de
reprodução assistida”, defende.
O Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço é uma poupança formada por parte do salário do trabalhador, que é
depositada, mensalmente, pelos empregadores em conta vinculada. Este recurso
traz segurança para o trabalhador e suas famílias em caso como demissão,
aposentadoria, doença e ainda para aquisição de imóvel.
Dos 31 novos deputados federais
paulistas, Fernando Marangoni é o que mais apresentou proposições. Em apenas 25
dias de mandato, o parlamentar já protocolou 156 propostas. O deputado é
professor universitário, advogado com doutorado em Ciências Sociais. Foi
secretário de Habitação e Regularização Fundiária de Santo André e Secretário
Executivo de Habitação do estado de São Paulo.