ENDOMETRIOSE UMA DOENÇA SILENCIADA

ENDOMETRIOSE UMA DOENÇA SILENCIADA
Projeto de Lei do Deputado Federal Roberto de Lucena institui o Programa de Prevenção e Tratamento da Doença de Endometriose.

Cerca de seis milhões de brasileiras em idade fértil convivem com a endometriose e o diagnóstico pode levar anos. É bem comum mulheres terem sintomas como dores fortes, dores na relação sexual, sangramentos intensos, irem ao ginecologista, fazerem exames de rotina e não serem diagnosticadas com endometriose.

Pesquisas da área apontam que a identificação da doença costuma demorar de 7 a 10 anos. Isso acontece porque exames de rotina, como ultrassom e ressonância pélvica não são especializados, e, muitas vezes, não são capazes de diagnosticar o problema. Em mulheres com a doença, tecidos semelhantes ao endométrio, que é a camada interna do útero, se desenvolvem fora da cavidade uterina, podendo estar presente nas trompas, bexiga e outras cavidades. Por não alterar a anatomia desses outros órgãos, a endometriose pode não ser visível em exames de imagem.

Em fevereiro de 2020, virou lei um projeto do Deputado Federal Roberto de Lucena (Republicanos-SP) que institui 13 de março como o Dia Nacional da Luta contra a Endometriose e a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose, com o objetivo de incentivar ações de prevenção, educação e orientação de mulheres. Mas, para o parlamentar, é preciso ir além e aprovar outra proposta de sua autoria, o Projeto de Lei 3246/21, que institui o Programa de Prevenção e Tratamento da Doença de Endometriose. 

“A endometriose não é uma doença silenciosa, é uma enfermidade silenciada, muitas vezes, trazendo consequências irreversíveis. Por isso, a importância de nós termos uma política pública atual, moderna, eficiente, que trate a endometriose, que estabeleça centros de referência em todo o Brasil e que possa apoiar as mulheres com essa doença e suas famílias”.

Pela proposta, o Programa irá oferecer, pelo SUS, avaliações médicas periódicas, realização de exames clínicos e laboratoriais específicos para detecção da endometriose. Além disso, serão oferecidos treinamento e atualização periódica aos profissionais da área de ginecologia e obstetrícia sobre o Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas da Endometriose. O Programa também prevê campanhas anuais de orientação, prevenção e tratamento e a criação do Centro de Referência de Tratamento da Doença de Endometriose.

Além da dor, a endometriose é responsável por 40% dos casos de infertilidade no país, conforme pesquisa da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva.  

O projeto já foi aprovado na Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres e agora está sendo analisado pela Comissão de Seguridade Social e Família.

16/Jul/22 - Acao Comunicativa
Facebook icon LinkedIn icon Twitter icon
Plataforma para acompanhar as destinações das verbas públicas para a saúde