CONTRA O CRACK

CONTRA O CRACK
Presidida pelo Deputado Paulo Corrêa Jr., CPI da Epidemia do Crack, na Alesp, vai investigar a formação de cracolândias em municípios paulistas.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Epidemia do Crack da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo retomará suas atividades no início de agosto, após o recesso parlamentar. O presidente do colegiado é o Deputado Estadual Paulo Correa Jr. (PSD-SP), também responsável por solicitar a criação da CPI. "Quando me reelegi, disse que o tema de pessoas em situação de rua e usuários de drogas seria prioridade em meu mandato”, explica o parlamentar.

A principal missão da CPI é investigar a formação de cracolândias em diversos municípios paulistas, com destaque para aquela localizada no centro da capital, São Paulo, que concentra a maior aglomeração de usuários de crack a céu aberto no país. Correa Jr. ressalta que o problema se estende por todas as regiões, e a CPI abordará o tema em uma perspectiva estadual, planejando realizar reuniões itinerantes para debater a questão nas cidades do Interior que enfrentam problemáticas relacionadas ao uso de crack.

A CPI ocorre em meio a novas tentativas do Governo estadual e da Prefeitura da Capital de combater a Cracolândia e revitalizar o centro da cidade. Recentemente, uma operação da Polícia Civil resultou na prisão de 16 traficantes no local. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2023, publicado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), aponta que o crack é a quarta droga mais consumida no Brasil, com maior destaque na região sudeste.

De acordo com o 3° Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2015, aproximadamente 1,4 milhão de pessoas entre 12 e 65 anos afirmaram ter usado crack ou drogas similares alguma vez na vida. Apesar de ser uma pesquisa antiga, ainda é a mais recente disponível, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Em 2013, os Ministérios da Justiça e da Saúde apresentaram um levantamento chamado "Estimativa do Número de Usuários de Crack e/ou Similares nas Capitais do País", que apontou a existência de 340 mil usuários na época.

26/Jul/23 - Acao Comunicativa
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