COMEÇA PELA BOCA
Alimentos ultraprocessados, redução
do consumo de fibras, alcoolismo e tabagismo estão entre as principais causas na
elevação dos números de casos de cânceres intestinais nos mais jovens. Conforme
dados da American Cancer Society (ACS), desde 2020, houve um aumento de 9% número
de pacientes com menos de 50 anos diagnosticados com câncer colorretal no mundo.
E, segundo Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que surgirão 45.630
novos casos anuais, no Brasil, entre 2023 e 2025.
O aumento da taxa de
obesidade em crianças e adultos, principalmente entre 20 e 30 anos, dobram as
chances do câncer colorretal de início precoce, além do consumo excessivo de
álcool, que tem aumentado principalmente entre adultos com 30 anos ou menos.
Essa doença é o terceiro tipo de neoplasia que mais afeta a população
brasileira, ficando atrás apenas do câncer de mama e de próstata.
Na Câmara dos Deputados,
tramita o Projeto de Lei 513/2023, do Deputado Federal Dr. Benjamin (União-MA),
que cria o Programa Nacional de Controle do Câncer Colorretal e institui a
última semana do mês de março como a Semana Nacional de Prevenção ao Câncer
Colorretal. “Nesse Programa, nós tratamos da ampliação da prevenção, no Brasil,
fazendo uma parceria entre União, estados, municípios e instituições privadas.
É um câncer que tem suas fases e que leva de cinco a 10 anos para evoluir para
câncer. Nesse período, se for feito o tratamento, tem-se 100% de cura, na maioria
dos casos. Por isso é importante conscientizar e prevenir”, explica o autor da
proposta, que é médico endoscopista e cirurgião.
Pelo texto do Projeto, o
Programa Nacional de Controle do Câncer Colorretal, inclui campanhas de
prevenção, realização de exames e capacitação de profissionais da saúde,
devendo o Ministério da Saúde fomentar o consenso entre especialistas nas áreas
de planejamento, gestão e avaliação em saúde, epidemiologia, gastroenterologia,
coloproctologia, endoscopia, oncologia clínica e cirúrgica, radioterapia e
cuidados paliativos, sobre as formas de tratamento do câncer colorretal, em
todos os seus estágios evolutivos.
O projeto está aguardando
despacho da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que definirá por quais
comissões irá tramitar.