AUTISMO E MERCADO DE TRABALHO
Uma nova etapa na luta pela inclusão de pessoas com Transtorno do
Espectro Autista (TEA) no mercado de trabalho está prestes a ser alcançada em
São Paulo. O projeto de lei 429/2021, de autoria do Deputado Estadual Rafa
Zimbaldi (Cidadania-SP), que garante o direito de autistas a ocuparem vagas de
trabalho compatíveis com suas habilidades e interesses, pode ser votado nos
próximos dias na Assembleia Legislativa do Estado.
A proposta, aprovada pela
Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, busca garantir que
autistas tenham oportunidades iguais no mercado de trabalho, sem serem
discriminados por suas características. “Em outras palavras, o projeto garante
que cada autista tenha a chance de trabalhar em algo que gosta e que faça
sentido para ele, sem ser limitado por conta do seu diagnóstico”, explica
Zimbaldi.
O projeto de lei estabelece que
empresas devem considerar a aptidão de cada autista para o cargo, valorizando
suas habilidades e experiências. A ideia é quebrar o estereótipo de que
autistas só podem trabalhar em áreas como tecnologia e abrir portas para que
eles possam explorar diversas profissões.
Segundo o deputado, o objetivo
principal é garantir a equidade e promover a inclusão de autistas no mercado de
trabalho. “Muitas empresas contratam autistas para áreas específicas, como
tecnologia, mas muitos outros ficam de fora. Nossa proposta é ampliar as
oportunidades para todos os autistas, independentemente de suas habilidades”,
afirma Zimbaldi.
É importante destacar que o
autismo é um espectro, ou seja, se manifesta de forma diferente em cada pessoa.
Algumas podem ter mais dificuldades na comunicação, outras podem ter interesses
mais restritos, mas todas possuem potencial e merecem a chance de mostrar o que
são capazes.
Embora não haja um número exato
de pessoas com TEA em São Paulo, estudos indicam que a prevalência é de 1% a 2%
da população. Até agora, pouco mais de 70 mil Carteira de Identificação da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CipTEA) já foram emitidas no estado
de São Paulo. O objetivo é garantir a atenção integral, o pronto
atendimento e a prioridade no acesso aos serviços públicos e privados, em
especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.
Foto: Assessoria Rafa Zimbaldi