DA DOR À LUTA

Há quinze anos, no dia 23 de maio de 2010, a advogada Mércia Mikie Nakashima foi assassinada pelo ex-namorado, em Nazaré Paulista (SP). A tragédia poderia ter se limitado ao luto, mas seu irmão, o hoje deputado estadual Márcio Nakashima (PDT-SP), decidiu reagir de forma diferente: converteu a dor em causa pública.
Em
postagem recente, o parlamentar resumiu o ponto de virada: “Transformei o luto
em luta. Prometi impedir que outras famílias sentissem o que a minha sentiu e
sigo firme nesse compromisso.”
Logo
após o crime, Nakashima criou o Instituto Mércia Nakashima, que já acolheu
milhares de mulheres, oferecendo escuta, orientação jurídica e apoio
psicológico. O espaço funciona também como ponto de articulação com a rede de
proteção estadual, contribuindo para que denúncias cheguem mais rápido à
polícia e ao Judiciário.
Eleito
em 2018 e reeleito em 2022, o deputado tem destinado recursos para o fortalecimento
de ações de combate à violência contra a mulher, como a Patrulha Maria da Penha,
para aquisição de viaturas para atender casos de violência doméstica; é autor
de propostas que ampliam medidas protetivas, como Projeto de Lei n° 586/2025, que
cria o Cadastro Estadual de Condenados por feminicídio, violência doméstica e
pedofilia. A proposta também prevê cadastro de foragidos por estes crimes.
Além
disso, o deputado já destinou mais de R$ 10 milhões para a rede pública de
saúde, beneficiando anualmente cerca de 200 mil pessoas atendidas pelo SUS. E
tem se dedicado à fiscalização de contratos públicos de saúde, evitando prejuízos aos cofres paulistas, verba
que, conforme ele, “faz falta justamente nas áreas que salvam vidas”.
“Se eu
tiver voz, todas as mulheres também terão”, reforçou Nakashima ao marcar a
data. Quinze anos depois, o crime que abalou o país continua doloroso para a
família, mas se converteu em motor de políticas públicas que já preservam
outras vidas, prova de que uma reação corajosa pode transformar luto em legado.
Foto:
Assessoria do Deputado